Em momentos em que a vontade de mudança surge podemos sempre ter em conta que existem dois tipos de mudança:
- Por reactividade, em que a mudança acontece porque a cidade é insuportável, tem demasiadas pessoas e que tem níveis de poluição assustadores. Que no emprego as pessoas “matam-se umas às outras”, que o patrão é um tirano. Ou ainda, que o outro transformou a nossa vida em algo insuportável. A mudança acontece não por mim mas pelo(s) outro(s).
- Por reconhecimento de que não é a cidade que tem muita gente e está poluída que cria a mudança, mas sim que fui eu que mudei. Que as minhas necessidades mudaram e necessito de mais silêncio e ar puro. As minhas necessidades é que mudaram. O mesmo se aplica a uma emprego em que as minhas necessidades laborais transformaram-se ou que a minhas necessidades relacionais seguiram outro sentido. A mudança acontece não pelo(s) outro(s) mas por mim.
A decisão pode ser assim um ganho ou uma perca de poder – posso eu assumir esse poder ou delegar que é o exterior que tem o poder de me mudar.
A mudança por reconhecimento libertam e empoderam, enquanto a mudança por reactividade cria aprisionamento e dependência – a poluição, os colegas de emprego ou a nossa ex-cara metade vão sempre acompanhar-nos – para onde quer que viajemos. Esse é o motivo e a carga que justifica a mudança, cada vez que é contada a história.
A pergunta é esta: Quando daqui a um, dois, 10 anos contar a sua história esta será uma história de empoderamneto ou de ressentimento.
E se é esta história que quer recordar/criar.
Boas práticas.